Imagem de capaVisão aérea do Olímpia Park Resort<br/ >Crédito: divulgação/Grupo Natos

Melhores projetos hoteleiros do País: Olímpia Park Resort

Empreendimento hoteleiro do Grupo Natos adota modelo de tempo compartilhado e foi vencedor do GRI Awards 2019.

27 de fevereiro de 2020Mercado Imobiliário

O Olímpia Park Resort fica na cidade homônima, no interior paulista, a 400 quilômetros da capital do Estado. Composto por quatro torres que somam 912 apartamentos, o empreendimento hoteleiro foi concebido na modalidade de uso compartilhado, na qual as unidades são divididas em frações, com utilização por período anual determinado em regulamento. 

O desenho do projeto buscou proporcionar aos clientes uma experiência imersiva em entretenimento. Contribui para tanto sua localização estratégica ao lado do Parque Aquático Thermas dos Laranjais, o maior da América Latina e um dos principais do mundo.

Desenvolvido pelo Grupo Natos e administrado pela Enjoy Hotéis e Resorts, o Olímpia Park Resort recebeu premiação máxima do
GRI Awards 2019 na categoria 'Melhor Projeto Hoteleiro’. Acompanhe, a seguir, os diferenciais que levaram o complexo a obter esse reconhecimento, neste case que integra a série 'Melhores projetos hoteleiros do País' do GRI Hub. A série mostrará também os detalhes dos demais finalistas da mesma categoria do prêmio: Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, da AccorHotels, e Gramado Termas Resort Spa, do GR Group.

Entretenimento como prioridade

De acordo com Rafael Pereira de Almeida, CEO do Grupo Natos, o conceito comercial do Olímpia Park Resort “teve como diretriz principal o desenvolvimento de um hotel no modelo de tempo compartilhado para ser vendido como segunda residência para as classes B e C”. Os apartamentos contam com sala, um ou dois quartos, um ou dois banheiros e cozinha tipo americana, sendo equipados com microondas, frigobar, ar condicionado, TV a cabo e wifi, em um espaço que acomoda até oito pessoas, visando atender a grupos familiares diversos.
 
Ao todo, são mais de 17 mil de terreno, e mais de 83  mil de área construída. Cada edifício tem 17 pavimentos, com os apartamentos distribuídos em um ângulo de 45 graus em relação ao terreno de forma a otimizar a insolação e a ventilação natural. O complexo tem salas de cinema, centro comercial, piscinas com aquecimento solar, restaurantes e bares, entre outros serviços. O investimento totalizou R$ 470 milhões. 
 
Almeida destaca que a arquitetura foi traçada para que as áreas de entretenimento se tornassem seu grande diferencial, acessadas e visualizadas facilmente de qualquer um dos prédios. Houve também preocupação em aportar novidades tecnológicas. Para os proprietários das frações, o check-in e o check-out são feitos via cartão RFID (identificação por radiofrequência), dispensando a passagem pela recepção. 
 
O CEO do Grupo Natos afirma que uma das preocupações, nesse projeto, foi que a oferta de lazer contemplasse expectativas de diferentes faixa etárias. “As áreas das piscinas para adultos e para crianças, que são de água quente e têm diversos formatos circulares, ocupam todo o espaço longitudinal entre as torres e têm um palco para shows e aulas de hidroginástica. A área de sol pode ser acessada diretamente pelo hall social das quatro torres e se comunica diretamente com restaurantes, bares, academia, sala de jogos, cinemas, [espaço] kids, teen club e outros ambientes”, descreve. Há ainda uma parte destinada a casais, com serviços a exemplo de saunas e piscinas com hidromassagem. 

Regulamentação, distratos e outros desafios

Em operação desde 2019, o Olímpia Park Resort teve suas unidades vendidas no sistema de tempo compartilhado. Segundo Almeida, estruturar um produto imobiliário com essa característica foi um desafio significativo. “No lançamento, não existia a Lei da Multipropriedade. Por esse motivo, tivemos de desenvolver um acordo jurídico para receber o registro de imóvel”. A lei da multipropriedade (13.777/2018) entrou em vigor em fevereiro de 2019. 
 
Ele conta que a questão dos distratos configurou outro ponto de atenção. “Ao iniciarmos a obra, sabíamos que, por ter sido projetada para ser paga com a própria carteira de recebíveis, seria mais longa do que o convencional.  Com essa situação, tivemos de criar benefícios e experiências no período de construção para que o cliente entendesse nossa parceria e continuasse acreditando no projeto. Mesmo assim, o distrato, que nessa tipologia de venda é bem superior ao da venda tradicional, juntamente com a inadimplência acentuada durante a crise do impeachment, nos levou a contratar um CRI [Certificado de Recebíveis Imobiliários] para manter o fluxo de obra e a entrega no prazo”, relata.
 
Agora, com o complexo hoteleiro em operação, Almeida considera que o principal desafio é atender bem tanto proprietários (cerca de 60% do total dos clientes) quanto demais hóspedes (40%), que adquirem diárias de períodos disponíveis no pool de locação. Para ele, trata-se de públicos com expectativas distintas e que exigem cada vez mais experiência. 

Perspectivas para o mercado hoteleiro

 Questionado sobre o futuro do segmento brasileiro de hotéis, o CEO do Grupo Natos argumenta que, "com a queda dos juros favorecendo os investimentos, com as reformas importantes para o País finalmente saindo do papel e com a volta de um ambiente econômico-financeiro mais confiável, fica mais fácil afirmar que as perspectivas a médio prazo são muito favoráveis, se o mercado internacional não influenciar negativamente". "Nos momentos de retomada da nossa economia, o mercado imobiliário sempre larga na frente em relação a outros setores. No embalo, o segmento hoteleiro poderá se beneficiar de todo esse movimento, especialmente para aqueles que estão posicionados em destinos turísticos consolidados", assinala.
 
Já para o longo termo, ele entende que fica mais difícil fazer uma avaliação do horizonte do ramo de hotéis. "No contexto nacional, ainda é muito cedo para analisarmos quem serão os protagonistas do cenário político e, consequentemente, a continuidade das reformas e qual linha econômico-financeira vai prevalecer. A eleição americana, o vai e volta da intriga comercial com a China e a 'bagunça' na Zona do Euro poderão balançar muito a economia mundial por um bom tempo", justifica.
 
Sobre os planos do Grupo Natos para 2020, Almeida adianta: “Vamos finalizar, também em Olímpia, o maior resort do Brasil na modalidade de tempo compartilhado, que é o Solar das Águas Park Resort, com mil apartamentos, e já estamos projetando o Solar das Brisas Park Resort”. Ele revela adicionalmente a intenção de expandir as operações do grupo para outras partes do País.
 

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Confira uma galeria de imagens do projeto Olímpia Park Resort, do Grupo Natos: