Terracotta e GRI Club firmam aliança global inédita

24 de novembro de 2022Mercado Imobiliário
O GRI Club firmou aliança com a Terracotta Ventures, maior empresa de venture capital para proptechs e construtechs da América Latina. O objetivo é captar R$ 300 milhões até 2025 para identificar e investir em startups que atendem o mercado imobiliário. A estratégia  deve impactar mais de 500 startups e 900 empresas do setor nos próximos três anos. 

O acordo foi anunciado no dia 9 de novembro, durante o evento Brazil GRI 2022, e visa favorecer a atração de capital estrangeiro, bem como simplificar a internacionalização de proptechs e construtechs do Brasil, além da própria gestora de capital. Bruno Loreto, um dos sócios fundadores da Terracotta, acredita que a relação com uma organização global especializada no mercado imobiliário, como o GRI Club, desperta ainda mais energia e competência para aumentar a capacidade de negócios e resultados entre o setor tecnológico e o mercado imobiliário. 

O aparecimento de centenas de proptechs e construtechs no decorrer dos últimos anos criou a necessidade de uma curadoria especializada, que pudesse prever os movimentos do mercado e observar tendências disruptivas a fim de antecipar quais soluções realmente podem impactar positivamente os negócios.

O GRI Club entende que a aliança estratégica com a Terracotta, que possui tamanha expertise  e conhecimento no setor de tecnologia, possibilita a entrega de valor e conteúdo. “Em meio a tanta inovação, o desafio dos nossos membros é filtrar o que de fato é relevante, não apenas para o cotidiano da empresa, mas para o seu futuro. E é aqui que entendemos que a Terracotta irá exercer um papel essencial de curadoria e inteligência, dando mais agilidade e competência para as escolhas de nossos membros”, explica Gustavo Favaron, CEO e managing director do GRI Group. 

Em apenas três anos de atuação, a Terracotta Ventures - que tem como outro sócio fundador Marcus Anselmo - alcançou uma base sólida que gira em torno de 45 grupos de investidores, o que inclui empresas do setor imobiliário e construtivo, family offices e gestoras de capital, que juntas representam um faturamento de quase R$ 100 bilhões ao ano. 

No melhor ano desde sua criação, em 2019, a Terracotta planeja fechar 2022 com oito investimentos realizados, sendo que seis deles já estão assinados. Em média, a empresa aporta cheques que variam de 2 a 3 milhões de reais nas startups.

Bruno Loreto conta que o trabalho da Terracotta é conseguir interpretar os sinais do mercado, e, a partir disso, tomar decisões de investimento, bem como apoiar os investidores parceiros. Este é outro ponto de sinergia entre GRI e Terracotta: conhecer as dores do mercado e buscar soluções para problemas específicos da cadeia da construção e do segmento imobiliário, atendendo à necessidade dos membros do club

O executivo também avalia que o ano de 2022 foi fundamental para o amadurecimento do mercado. “Após um momento de excesso de capital, e consequentemente aumento da ineficiência, chegamos a um cenário em que o investimento é muito mais criterioso”, conta Loreto.

O executivo destaca um período de inversão no mercado, o que ocasionou pressão em uma perspectiva de curto e médio prazo, forçando empresas a priorizarem a performance em detrimento do crescimento. Sobre o futuro, ressalta: "Devemos ir no mesmo ritmo em 2023. Vemos uma janela de oportunidades para montar um novo portfólio nesses dois anos de mercado menos aquecido, pois após a volta, o ciclo deve se repetir. Nós imaginamos que isso vai acontecer e, no Brasil, a taxa de juros chegou no nível de estabilidade e começa a entrar em queda a partir do ano que vem, talvez voltando primeiro do que em outros mercados.” 

Por Emily França