Termômetro GRI: residencial e logística são os preferidos do mercado atualmente

Por outro lado, escritórios apresentaram a maior queda durante a pandemia

8 de abril de 2021Mercado Imobiliário

A pandemia do novo coronavírus mudou radicalmente a percepção dos empresários sobre as oportunidades de novos negócios no setor imobiliário brasileiro. Pesquisa realizada por GRI Club e Brain com 154 executivos de companhias de grande porte, entre os meses de fevereiro e março, confirma que os galpões logísticos estão entre os preferidos do mercado, ao lado dos residenciais, que se mantiveram no topo (acesse a apresentação na íntegra no final do texto). 

Na outra ponta, a hotelaria e os shopping centers são os segmentos que oferecem baixas oportunidades no momento, sendo apontados como primeira ou segunda opção por apenas 3% dos participantes do levantamento. A maior queda em relação ao último trimestre de 2019 - período que antecedeu a chegada da pandemia - ocorreu com os escritórios, que saíram da casa dos 80% para 7% na avaliação de oportunidades. 

Dentre os destaques do levantamento referente ao 1º trimestre de 2021, está o maior percentual, em toda série histórica, de empresas investindo e/ou ampliando projetos imobiliários (74%). Além disso, para os próximos 12 meses, 7 em cada 10 executivos têm expectativas positivas para os resultados da empresa. Apenas 7% esperam um desempenho ruim (6%) ou péssimo (1%) no período.

O otimismo em relação ao mercado imobiliário contrasta com as incertezas acerca da recuperação da economia do país. Embora quase metade acredite que o cenário será muito melhor ou pelo menos melhor que nos últimos 12 meses, a maioria enxerga um desempenho econômico semelhante (39%) ou pior (15%).

Segundo os executivos, a vacinação ampla e rápida da população é o fator mais importante (91%) para melhorar o ambiente econômico e impactar positivamente o setor imobiliário; na sequência, outras duas medidas bastante mencionadas são o avanço das reformas que tramitam no Poder Legislativo (67%) e a manutenção de baixas taxas de juros (55%).

As maiores preocupações dos empresários do setor são com as instabilidades política e institucional, assim como o aumento desenfreado dos custos de construção e o baixo crescimento da economia. Sobre os custos, esta foi apontada como a maior dificuldade enfrentada no momento pelas empresas, superando os entraves com aprovações e licenciamentos. 

A escassez de material foi lembrada por 45% dos respondentes. Por causa do desabastecimento e da alta no preço dos insumos, 28% das empresas já relatam queda na lucratividade. Outros 36% também sentiram um recuo na demanda dos consumidores no 1º trimestre. 

Criado em 2016, o Termômetro GRI foi realizado pela primeira vez em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, maior empresa de pesquisas e estudos imobiliários do Brasil. Confira a apresentação do Termômetro GRI 1T21 na íntegra.

Por Henrique Cisman

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