Qual a expectativa para o mercado residencial nos próximos meses?

3 de junho de 2020Mercado Imobiliário
Com a expectativa de retomada da economia nos primeiros meses do ano e uma redução na taxa básica de juros, o mercado residencial no Brasil apresentava perspectivas positivas de crescimento para 2020. Em mais um eMeeting promovido pelo GRI Club, executivos do mercado imobiliário brasileiro se reuniram para discutir as perspectivas e visões de futuro para o setor residencial.

A reunião online contou com pesquisa exclusiva da Brain, seguida de uma discussão, sobre o panorama de mercado. O que muda para o setor residencial? Como está o apetite do consumidor e do investidor em imóveis? Que tipos de produtos residenciais devem obter melhor resultado no contexto atual? Como as empresas estão atuando para mudar esse cenário? Como está sendo e como será a digitalização dos negócios imobiliários? Quais são as expectativas para preços, volume de negócios e tempo de fechamento de vendas?

Essas e diversas outras questões foram discutidas na manhã desta quinta-feira (28/05) com mais de 70 nomes do setor para compartilhar percepções e experiências. Confira abaixo os principais pontos discutidos:

Acompanhe com exclusividade a pesquisa apresentada pela Brain
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Resumo

Com obras em andamento, boa parte das incorporadoras planejava lançamentos ainda no primeiro semestre do ano para o consumidor que retomava parte de sua confiança e acreditava num cenário econômico melhor para o país. No entanto, ao final de março, essa expectativa mudou, frente ao cenário negativo trazido pela pandemia, que gerou mudanças na intenção de compras de imóveis. 

Em pesquisa feita pela Brain, com mais de 600 consumidores, que já haviam sido entrevistados entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020, nota-se que a mudança na intenção de compra de um imóvel mudou a partir de uma maior incerteza frente ao cenário futuro, seja pela duração da pandemia, ou pela instabilidade de emprego e renda. Antes do início deste cenário, a intenção de compra mantinha níveis positivos entre os entrevistados, no entanto, com o avanço da crise, a queda na  intenção de compra se acentuou ainda mais com o passar dos meses.

Mesmo assim, com os reflexos e impactos vividos no momento atual, a pandemia, na visão de estudos recentes, não irá alterar tão drasticamente o mercado imobiliário e o urbanismo, quanto epidemias do passado. Tal crise poderá acelerar tendências que vinham ocorrendo, com grandes chances de se firmarem no futuro, num aprofundamento cada vez maior. 

Neste cenário, é importante para muitas empresas estarem atentas à estas mudanças. No entanto, o mais importante neste momento é reforçar a imagem da marca através de comunicação com os clientes, garantindo um aumento de confiança neste cenário, além da atenção aos mínimos sinais de aquecimento da demanda, seja pelo incremento de confiança ou renda na região de atuação da empresa. 

No contexto atual, a intenção de compra está perto de níveis muito baixos e a capacidade de voltar a índices mais altos só será possível com a retomada da economia, que muitos esperam acontecer já no próximo semestre, momento chave e que ditará o ritmo de lançamento e consequente recuperação do mercado imobiliário. Fica claro que a necessidade de reinvenção na atuação de muitos players, dos mais diferentes segmentos, é fundamental para os negócios futuros.

A apresentação da pesquisa foi feita por Fábio Araújo (Brain) e o debate contou com a participação de Carlos Terepins (Nortis Incorporadora), Fabricio Mitre (Mitre Realty), Joe Yaqub Khzouz (BKO Desenvolvimento Imobiliário), Leonardo Mesquita (Cury Construtora e Incorporadora), entre outros. 

A agenda do GRI Club Real Estate no Brasil 

A agenda de eMeetings do GRI Club Real Estate no Brasil para 2020 já está disponível. Conheça o que vem pela frente e programe-se.