Imagem de capa<label style="color:#fff;">Crédito: GRI Club/ Flávio Guarnieri<label>

Players discutem planos e estreitam laços no GRI Residencial

GRI Residencial Brasil 2019 teve Henrique Meirelles, secretário do Governo de SP e ex-ministro, como keynote speaker.

18 de junho de 2019Mercado Imobiliário

O GRI Club Real Estate promoveu nesta terça-feira (18 de junho) a 5ª edição do GRI Residencial Brasil. Realizado no Hotel InterContinental, em São Paulo, o evento foi aberto por Henrique Meirelles, secretário de Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central. 

Ele abordou as perspectivas político-econômicas para os próximos meses e apontou como prioridades a aprovação das reformas da Previdência e tributária, a conclusão da regulamentação da reforma trabalhista e o enfrentamento da agenda em prol de aumentos de produtividade no País.

Questionado sobre suas recomendações aos empresários imobiliários considerando o horizonte de 2020-2021, Meirelles instou que se preparem para investir. "Para esse setor, que tem um ciclo longo, é mais importante manter visão de longo prazo do que à maioria dos demais segmentos", disse.

O secretário ainda trouxe detalhes do plano de desestatização em andamento pela gestão paulista, que inclui mais de 220 projetos entre concessões e privatizações de ativos públicos. "A primeira grande concessão que já está sendo formulada é a CentroVias", um trecho de 1.200 km entre Piracicaba e Panorama, explicou. 

Meirelles também destacou como fundamentais avanços em direção a um marco legal do saneamento, mantendo expectativas de que o texto a ser aprovado siga com o mesmo teor da proposta do senador Tasso Jereissati, relator da Medida Provisória 868/2018.

Por sua vez, Flavio Amary, secretário da Habitação do Estado de São Paulo, deu continuidade à explanação dos planos da gestão paulista em uma das salas de discussão da programação do evento. Foram analisadas questões jurídicas latentes relacionadas ao setor residencial, incluindo a ainda recente aprovação da lei dos distratos, os desafios para lidar com pontos que geram insegurança e os impactos da manutenção do direito de protocolo em território paulista.

O futuro do segmento residencial

Entre os principais tópicos abordados ao longo da agenda, estiveram a realidade atual e as perspectivas para funding, crédito, segmentos econômico e de alto padrão, e modelo de residencial para renda.

Na sala sobre o segmento econômico, uma grande preocupação manifestada pelos players foi a possibilidade de liberação de saques de contas ativas e inativas do FGTS, que tem sido analisada pelo governo federal, o que poderia vir a comprometer recursos para crédito imobiliário. Já na sala centrada em alto padrão, além de características demandadas e impostas – por exemplo, por planos diretores de municípios como São Paulo – aos empreendimentos dessa categoria, um ponto que dominou as discussões foi, novamente, a questão dos distratos.

O debate sobre residenciais para renda, por sua vez, abordou a realidade e o panorama desse modelo, que ainda tem desafios importantes a encarar – como a necessidade de ganhos de escala e a falta de um marco regulatório adequado –, mas relevante potencial, considerando público tanto de novas gerações – que não valorizam a propriedade e priorizam o usufruto de serviços e a mobilidade – quanto de faixa etária mais elevada – que vêm optando por um downgrade, mudando-se para imóveis menores e mais funcionais.

O futuro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e a necessidade de progressos no mercado de capitais também foram debatidos extensamente ao longo de diferentes sessões, assim como perspectivas em relação ao programa Minha Casa Minha Vida, objeto de várias mudanças em curso. 

Neste ano, o GRI Club Real Estate também trouxe ao GRI Residencial Brasil exemplos de tecnologias que já são aplicadas na indústria de moradias, abrindo espaço para avaliar seu potencial, novos usos e futuros avanços. Uma das salas focou o modelo de iBuyer, em fase de expansão no País, com a participação de Florian Hagenbuch, cofundador da Loft, e a aplicação de ciência de dados e inteligência artificial ao setor residencial, com Dionisio Agourakis, CEO da J!Quant.

Momento de networking

GRI Club/ Flávio Guarnieri
Crédito: GRI Club/ Flávio Guarnieri

Como já é característico dos encontros do GRI, o evento desta terça-feira também foi marcado por informalidade e descontração, em um ambiente propício ao estreitamento de laços, análises francas do mercado e contato com colegas e potenciais parceiros de negócios. 

Estiveram presentes cerca de 130 líderes de companhias do segmento, como Daniel Cherman (Tishman Speyer), Rafael Menin Teixeira de Souza (MRV Engenharia e Participações), Alexandre Frankel (Vitacon), Luciano Amaral (Benx Incorporadora), Juliano Antunes (Uliving Brasil), Fabrício Mitre (Mitre Realty), Katia Levy (Hines), Alexandre Veiga (Patrimar), Carmem Carelli (GTIS), Brunno Bagnariolli (Mauá Capital), Thiago Monteiro (Haut), Pablo Piacentini (Construtora Piacentini) e Márcio Branco (Paes & Gregori).

Case Gerando Falcões

Um dia antes (17 de junho), o GRI Club promoveu um jantar exclusivo a membros do clube, co-chairs e patrocinadores da conferência. Em um ambiente informal e oportuno para networking, os presentes puderam conhecer mais sobre o trabalho de Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões. 

Durante o encontro, ele falou sobre sua trajetória e sua experiência à frente da organização social que apoia famílias de comunidades carentes por meio de esporte, cultura, qualificação profissional e renda.