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O mundo parece conspirar a favor do mercado imobiliário brasileiro. Por quê?

5 MIN READ March 08, 2023

Lula é um cara de sorte, pois nos seus dois primeiros mandatos como presidente, surfou a onda de um Brasil com moeda estável pela primeira vez em sua história; aproveitou o boom das commodities e se consolidou como líder dos BRICS, com destaque internacional. Além disso, estava à frente da nação na descoberta do pré-sal e na vitória brasileira como sede das Olimpíadas e da Copa do Mundo. Se a crise econômica de 2008 avassalou de fato o mundo, aqui, como ele havia preconizado, vimos uma "marolinha", num contexto em que o consumo interno empurrou nossa economia para a frente.

Mesmo escândalos de corrupção tendo vindo à tona, Lula deixou a Presidência com 80% de aprovação, o maior nível já registrado na história democrática do Brasil. Parecia estar na hora certa e no lugar certo.  

O setor imobiliário navegou muito bem nos dois primeiros governos Lula, diretamente impactado por um ambiente atrativo a investimentos internos e externos, além de políticas de desenvolvimento social que o estimularam, caso do Minha Casa, Minha Vida. Veremos uma repetição dessa boa fase na atual gestão federal? Certamente.  Os mais de 2 milhões de investidores dos Fundos Imobiliários já trouxeram razoável liquidez ao mercado, coisa que não existia durante o primeiro governo Lula. O setor pode voltar a mares mais tranquilos se todo esse contexto potencialmente favorável for bem aproveitado pelo presidente e sua equipe. 

Nos últimos anos, assistimos à saída de muitos investidores internacionais, especialmente  de real estate, que podemos, ao menos em parte, receber de volta nesta janela de oportunidade. Por outro lado, se tivesse que apostar – e com base no que tenho ouvido no Brasil, EUA e Europa –, talvez seja a vez de novos investidores. Afinal, quem já está calejado nesse setor sabe que vivemos de ciclos e o atual parece encaminhar para o melhor momento de entrada de capital internacional.

E sim, já começamos a notar um aumento de consultas de investidores europeus e americanos nas últimas semanas, o que é um ótimo sinal. Contudo, a confirmação desse potencial só virá a partir de ações concretas do governo nacional que assegurem um ambiente realmente mais atrativo ao capital.  Em especial, para garantir que de fato tenhamos uma nova leva de estrangeiros chegando ou retornando para investir no setor imobiliário no Brasil, esperamos mais pragmatismo da gestão Lula. 

O setor imobiliário, como grande parte da cadeia produtiva no País, viu no presidente sinais claros nesse sentido antes mesmo de assumir a atual cadeira, como abrir diálogo com o Legislativo em busca de governabilidade. Esse movimento, contudo, acabou perdendo força com o início do governo e precisa, sem demora, ser retomado e aprofundado. 

Para se sair bem neste seu terceiro governo, basta a Lula fazer o óbvio com consistência, beneficiando-se de um contexto positivo pautado em quatro aspectos fundamentais:

1- Expansão da pauta verde
Ser o Brasil – dono do maior ecossistema natural do mundo, a Amazônia – neste momento é estar com a faca e o queijo nas mãos. Saber aproveitar esse status pode impulsionar alianças estratégicas e acordos muito favoráveis.

2- Neutralidade em meio a um cenário de conflitos internacionais
Analisando a política externa brasileira, o Itamaraty sempre se destacou por buscar a neutralidade em momentos de conflito. Exemplo disso é que, mesmo na II Guerra Mundial (1939-1945), a decisão de lutar junto aos aliados aconteceu apenas em 1944. Trazendo para nosso cotidiano, de conflitos envolvendo Rússia, Ucrânia, China, Taiwan, Coreia do Norte e demais países ocidentais, o Brasil parece determinado a não "comprar briga" e isso pode resultar em ganhos diretos. Usando do pragmatismo que tem norteado boa parte da postura nacional para com o mundo, o resultado pode ser de mais benefícios econômicos com a neutralidade do que com a tomada de lado. 

3- Desglobalização e novas estratégias na escolha de parceiros comerciais
Se a globalização determinou que parcerias comerciais fossem decididas com base no melhor custo-benefício, a nova dinâmica mundial tende a privilegiar não apenas a parte financeira, mas o quão estratégico um país pode ser para outro. Ninguém mais parece disposto a se ver dependente de um único fornecedor para sua cadeia de suprimentos, como se observou acontecer com a China por anos e anos. A falta de competitividade industrial sempre pesou contra o Brasil, mas agora a posição equidistante nos conflitos pode resultar em oportunidades de negócio. 

4- Destino de investimentos internacionais
É certo que, nos primeiros governos Lula, os BRICS tinham no Brasil a "menina dos olhos", porém o momento atual pode ser ainda mais favorável. Explico. Uma vez minimamente controlada a crise inflacionária vigente nos países mais desenvolvidos, assistiremos a uma queda da curva de juros. Com isso, os donos do capital vão se ver forçados a novamente buscar opções de investimento em mercados emergentes, pois sabem que os retornos mais agressivos estão justamente neles. É aí que a "sorte" do Brasil  de “estar no lugar certo, na hora certa”, pode fazer toda a diferença. 

Vejamos: para os investidores internacionais, China e Rússia são cartas cada vez mais fora do baralho. A África do Sul, com níveis de desemprego acima de 30%, perdeu atratividade. A Índia, que conheço bem como empresário, é um mar de oportunidades, mas, ainda assim, muito mais complexa do que o Brasil para o investidor internacional. Sobram portanto dois países: México e Brasil. Nosso vizinho tem se segurado bem em meio a todas as turbulências do pós-pandemia e, economicamente, parece mais maduro do que o Brasil. 

Sim, o bom e velho Brasil parece ter a oportunidade de ouro de surfar, novamente, uma onda positiva de entrada de investimento internacional. Num mundo com taxas de inflação de dois dígitos, como na Inglaterra, o nosso país parece ter a situação relativamente controlada. O potencial de crescimento segue forte e, com um mínimo de reformas e reorganização administrativa, pode ser o grande beneficiado desse tumulto internacional. Para isso, é importante que os juros internacionais comecem a cair. Com isso, o capital vai se ver na necessidade de buscar melhores retornos e os investidores com mais apetite para risco e fome de resultados poderão vir a apostar suas fichas por aqui. 

Aguardamos, atentos, às cenas do próximo capítulo para que esse imenso potencial de negócios de fato tenha um solo fértil para se concretizar. 
 
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