Investimento de corporate real estate em tecnologia subirá

JLL estima que parte do orçamento destinada a tecnologia deve quintuplicar dos atuais 7% para 34% nos próximos anos.

24 de maio de 2019Mercado Imobiliário

Nos próximos anos, a parte do orçamento de corporate real estate – ou seja, os valores empregados na ocupação de espaços corporativos – destinada a tecnologia deve quintuplicar dos atuais 7% para 34%, passando a responder pela maior destinação de recursos. A projeção é da consultoria JLL.

Os aportes em tecnologia terão como prioridade aplicações voltadas ao espaço de trabalho e à experiência dos colaboradores (30%), tecnologias smart e internet das coisas (22%) e sistemas integrados de gestão de espaços de trabalho ou soluções integradas de armazenamento de dados (18%).

"A experiência das pessoas está se tornando cada vez mais relevante. O investimento em tecnologia terá de mudar. Nos próximos anos, teremos de reavaliar o orçamento", disse Mike Sandridge, diretor executivo da divisão de Soluções Digitais da JLL, em apresentação no Smartus Proptech Summit. O evento foi promovido pela Smartus, empresa do GRI Group, em 16 de maio.
 

Investimentos em proptechs


Ele ressaltou que a tecnologia agora é parte de tudo o que se faz nos negócios. "Novas tecnologias estão aparecendo constantemente. É importante entender o surgimento de novas proptechs [startups relacionadas ao setor imobiliário] e como podem ajudar", sejam elas investor techs (relacionadas ao investidor) ou occupier techs (aos ocupantes), instou o executivo.

Essas startups têm recebido elevados aportes de capital, de fontes variadas, como um fundo da própria JLL. "Não se prevê queda de funding para proptechs no cenário pela frente. Elas vão continuar crescendo e serão veículos para agilizar a mudança em real estate. Proptechs, inteligência artificial e machine learning vão liderar os investimentos", indicou Sandridge.
 

Approach holístico: pessoas, tecnologia e espaço físico


O diretor executivo de Soluções Digitais da JLL reiterou que real estate deixou de ser simplesmente gestão de ativos e precisa abarcar os desafios do futuro do mercado de trabalho. Isso irá exigir um approach mais holístico, olhando simultaneamente para três dimensões: pessoas (espaços corporativos como componentes da atração e retenção de talentos), tecnologia e lugar (espaço físico, com forte apetite por espaços flexíveis).

"Não se trata mais de gestão de prédios e otimização de portfólios, e sim de lidar com tudo isso junto", reforçou.

 

GRI Club Real Estate

Os grandes temas de corporate real estate são foco de diversos encontros do GRI Club ao longo do ano, englobando club meetings exclusivos a membros e também as conferências GRI Escritórios Brasil, GRI Industrial & Logística Brasil e Brazil GRI.

Seja um dos primeiros a saber o que está sendo planejado para o Brazil GRI 2019, marcado para 12 e 13 de novembro em São Paulo.