iBuyer e iRent - Qual o potencial de crescimento destes mercados?

10 de junho de 2020Mercado Imobiliário
Real Estate ou Tecnologia? Qual a receita de sucesso destes modelos? Qual o potencial de crescimento no Brasil? Como os preços dos imóveis influenciam no modelo de negócio? Quais os principais desafios para dar escala? Há espaço para investimentos fora de São Paulo e Rio de Janeiro? Quais os impactos sentidos no cenário atual?

Em mais um eMeeting promovido pelo GRI Club, executivos do mercado imobiliário brasileiro se reuniram para discutir as perspectivas e visões de futuro para os setores de iBuyer e iRent no país.  


Essas e diversas outras questões foram discutidas na manhã desta terça-feira (09/06) com mais de 40 executivos do setor para compartilhar percepções e experiências. Confira abaixo os principais pontos discutidos:

Resumo

Com novos tipos de negócio em expansão por todo o mundo e um mercado de bilhões de dólares em diferentes países, empresas como Offerpad, OpenDoor, Knock e Zillow crescem todos os anos aliando tecnologia no processo de compra e venda de imóveis, reformas, ou mesmo locação. 

No Brasil este movimento se iniciou e apresenta um futuro muito promissor, já que alguns players estão operando no país e seus planos de expansão parecem ambiciosos.  Tal movimento é representado por um novo modelo de negócio no mercado imobiliário, que vem ganhando destaque no setor. Trata-se do iBuyer, processo no qual uma empresa adquire imóveis usados, realiza reformas e os revende no mercado secundário. Neste modelo de negócio, as negociações, inovadoras para muitas pessoas, são mais ágeis e ocorrem através do uso da tecnologia e do afastamento cada vez maior de modelos tradicionais.  

Além do iBuyer, outro modelo que vem ganhando destaque no país é o co-living, modelo institucionalizando-se pelo país dada a característica da realidade brasileira. Ao entender quais são as necessidades do consumidor no país, que muitas vezes não tem dinheiro para comprar um imóvel, que quer a facilidade de estar no centro das cidades e que busca por imóveis com um custo mais baixo, o co-living representa uma forma de aproveitar um estoque inutilizável da cidade, maximizando-se o m2 de apartamentos e potencializando o rendimento para o investidor e proprietário, que traz um grupo de pessoas consigo para o mesmo espaço. 

Mesmo com destaque desses novos modelos, com a crise atual, em que todos negócios imobiliários vêm sofrendo com a pandemia, é importante salientar os impactos nestes modelos e os próximos desafios para essas empresas. Se em ciclos imobiliários do passado grandes incorporadoras começaram a expandir a nível nacional e foram impactadas pela crise, voltando a operar onde tinham raízes, estes novos modelos, por demandarem um crescimento de escala, terão riscos para os planos de longo prazo ou possuem uma oportunidade de crescimento atualmente? 

Com um mercado secundário muito grande no país, desestruturado e pulverizado, com uma relação entre locador e locatário muito pessoal e um desequilíbrio na demanda que existe para locação, os planos de crescimento dessas empresas para o futuro depende de um grande desafio a ser superado, que é dar escala a mais projetos em diferentes regiões. Mesmo assim, as perspectivas futuras são boas, devido ao tamanho do mercado e expectativa de crescimento das empresas nos próximos anos. A resiliência neste momento é fundamental e muitos players não imaginavam que seus negócios estariam estruturados desta forma atualmente depois de pouco tempo em atividade. 

A moderação do debate foi feita por Lucas Vargas (Grupo Zap) e o debate contou com a participação de Clarissa Vieira (Keycash), João Vianna (Loft Brasil), Rafael Steinbruch (Yuca), entre outros. 

A agenda do GRI Club Real Estate no Brasil 
A agenda de eMeetings do GRI Club Real Estate no Brasil para 2020 já está disponível.

Conheça o que vem pela frente e programe-se.