Paulo Guedes (Ministério da Economia)<br>Crédito: Isac Nóbrega/PR

Governo diz que crédito ao setor imobiliário será preservado

Ministro Paulo Guedes reforçou importância de construção civil e manutenção de funding no lançamento do novo FGTS.

24 de julho de 2019Mercado Imobiliário

O governo Jair Bolsonaro reiterou nesta quarta-feira (24 de julho) que não haverá perdas ao setor imobiliário por conta da liberação de saques de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O posicionamento se deu durante a cerimônia de lançamento do novo FGTS e liberação de recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), conhecidos pela sigla PIS/Pasep.

"Como a construção civil é extraordinariamente importante e gera empregos, desde o início, fizemos questão de preservar o crédito [relativo a mercado]", declarou Paulo Guedes, ministro da Economia, em seu pronunciamento. 

A mensagem também foi explicitada por Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia. "Digo aos meus amigos da construção civil: não vai faltar funding", pontuou.

Além de Guedes e Sachsida, estiveram no evento Onyx Lorenzoni, titular da Casa Civil, Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. 

O encontro foi encerrado com a assinatura de uma medida provisória, que permite alterações indicadas pela gestão federal, e discurso de Bolsonaro. "Não se trata de uma proposta de governo, mas de Estado", disse o mandatário.

Demanda do setor imobiliário

O discurso dos representantes do Planalto pode ser entendido como uma resposta ao setor imobiliário, que temia consequências negativas das mudanças em implementação. A preocupação – que fez com que o governo adiasse o anúncio, inicialmente previsto para a semana passada – havia sido antecipada pelo GRI Hub em junho, captada pela equipe de reportagem do GRI Club junto a participantes do GRI Residencial Brasil 2019.

O receio expresso por diversos players que estiveram na conferência do GRI era de que os saques pudessem comprometer a sustentabilidade do FGTS, numa conjuntura em que não se pode abrir mão desse funding por falta de alternativas substitutas de financiamento imobiliário.
 

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