Your application for a Courtesy Membership is under review

We have just received your information and we will get back to you shortly. Check out the steps below:

Information sent


2

Application in analysis


3

Feedback email


4

Complimentary access activated

* Required fields
* I confirm that I have read and agree to the Terms and Conditions of GRI Club
Reprodução/Freepik
30th November
Mexico City
REAL ESTATE
7th March
Sao Paulo
REAL ESTATE
20 - 21 March
Santo Domingo, República Dominicana
REAL ESTATE
26th March
Novotel Três Figueiras, Porto Alegre
REAL ESTATE
11th April
Sao Paulo
REAL ESTATE
16th April
Fortaleza, Brazil
REAL ESTATE
REAL ESTATE
16 - 17 May
New York Marriott Downtown, New York
REAL ESTATE
05th June
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers, São Paulo
REAL ESTATE
18th June
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers, São Paulo
REAL ESTATE
28 - 29 August
The St. Regis Mexico City, Ciudad de México
REAL ESTATE
04 - 05 September
REAL ESTATE
12th December
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers ,São Paulo
REAL ESTATE
Real Estate

Funding predominante nos loteamentos, securitização recua 21% no 1º semestre

Início do corte de juros deve estimular retomada das operações, apontam executivos

5 MIN READ August 09, 2023

Por Henrique Cisman

Dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostram que o volume transacionado em operações de securitização caiu 21,5% no primeiro semestre frente ao mesmo período em 2022.

Foram registradas 239 ofertas de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) de janeiro a junho, frente a 261 no ano passado. Tais ofertas levantaram R$ 12,64 bilhões este ano e pouco mais de R$ 16,1 bilhões no ano passado. 

O recuo acontece apesar das medidas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para simplificar as ofertas públicas, especialmente a Resolução 160, vigente desde 2 de janeiro de 2023. O RCVM-160 rito automático - uma das novidades do regramento - foi responsável por dois terços do volume captado nas ofertas de CRI este ano: R$ 8,2 bilhões. O restante foi ofertado via Instrução 476.

loteamentos(Fonte: Anbima)

Segundo Rafael Ferreira, sócio-fundador da RET Capital, as margens dos empreendimentos nas viabilidades encolheram e operações de funding se tornaram menos atrativas com a taxa de juros real no patamar atual. "Com a queda de 50 bps, já enxergamos melhora no mercado imobiliário e de crédito. Além disso, o setor de loteamentos tende a apresentar as melhores margens, com mais espaço para remunerar o capital, até mais do que nas incorporações verticais". 

Na quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa Selic, algo que não se via desde agosto de 2020. O corte de 0,5% coloca a taxa básica de juros em 13,25% ao ano. 

Perspectivas são as melhores

Gestoras e securitizadoras que atendem o setor de loteamentos estão bastante otimistas, consoante a melhora nos indicadores econômicos, como PIB, inflação e a própria Selic, que se traduzem em aumento das vendas de imóveis e menor risco de inadimplência das carteiras de recebíveis. 

"O segundo semestre promete trazer mais follow-ons para empresas listadas e fundos imobiliários. Com os custos de volta a patamares de inflação na casa dos 3% ao ano, teremos uma retomada das operações estruturadas e margens melhores nos empreendimentos residenciais", afirma Ferreira. 

Loteamentos(Fonte: Anbima)

Segundo Vicente Nogueira, sócio-fundador da Faria Lima Capital e da Habitasec Securitizadora, o esperado é que os preços das cotas de fundos imobiliários de CRI subam acima do valor patrimonial, o que permitiria novas emissões e mais recursos disponíveis para o setor. "O CRI de loteamento precisa ter taxas condizentes com o nível de risco se comparado com o risco-retorno de outros tipos de CRI", pondera. 

O executivo diz que o fundo FLCR11 (Faria Lima Capital Recebíveis Imobiliários) mapeia oportunidades em busca de aumentar os investimentos no segundo semestre, sem revelar números. 

Desde 2010, a Habitasec já emitiu mais de R$ 11 bilhões em operações de securitização, com parte relevante do total relacionada ao financiamento de loteamentos. 

Já a RET Capital vem em uma crescente nos últimos anos: movimentou R$ 60 milhões em CRIs em 2021 e R$ 90 milhões no ano passado. Em 2023, o volume atingiu quase R$ 40 milhões até junho. 

No segundo semestre, a RET Capital vai lançar o RETH11, hedge fund imobiliário com mandato amplo que permite  financiar operações de crédito como empréstimo-ponte, fomento à produção e dívida corporativa, além de operações de aquisição, permuta e equity. A captação tem alvo de R$ 250 milhões, para atender um pipeline de R$ 1,5 bilhão, predominantemente em São Paulo, segundo Ferreira. 

As estratégias de funding no setor serão debatidas no GRI Loteamentos & Comunidades Planejadas 2023

Ping-pong

Confira a seguir outros trechos das entrevistas realizadas com os dois gestores, trazendo um pouco mais do panorama atual e das perspectivas para o financiamento do setor via mercado de capitais. 

GRI Club: Quais os tipos de operação mais comuns?

Rafael Ferreira: Nos loteamentos - fechados e abertos - os mais comuns são: término de obras, cessão de carteira performada, financiamento de estoque e equity, mas a securitização ainda é a modalidade mais utilizada. 

Vicente Nogueira: O mais comum é usar o CRI em três situações: para levantar o dinheiro necessário para terminar o loteamento, para adiantar recursos de carteira de recebíveis do empreendimento concluído ou para estoque de unidades ainda não vendidas. Os dois primeiros usam a própria carteira como garantia, já o último usa os lotes prontos, além de co-obrigação do loteador em todos os casos.

GRI Club: Existe apetite para a entrada nos projetos com Equity?

Rafael Ferreira: Existe sim. As aprovações e licenças ambientais são pontos relevantes que permitem aos fundos de equity entrarem em empreendimentos a partir do RI (Registro de Incorporação). Outro ponto é considerar o track record do loteador, levando em consideração o histórico em determinado produto, região e faixa de renda.

Vicente Nogueira: Vejo pouco apetite, a não ser que o investidor vire ou espere se tornar majoritário. As taxas de retorno esperadas costumam ser bem altas, muito mais altas que a taxa de um CRI de término de obra. 

GRI Club: Como tem sido o desempenho recente do setor nos fundos? A inadimplência está dentro da média histórica?

Vicente Nogueira: Houve um alto nível de inadimplência durante o pico do IGP-M, levando à renegociação de muitos créditos para o IPCA.

Rafael Ferreira: Os fundos imobiliários tem tomado grande parte do setor de loteamentos. De 2011 para 2021, o crescimento foi de 4% para 17%.

GRI Club: Quais ações são necessárias para que haja maior disponibilidade de funding para loteamentos? 

Vicente Nogueira: Os loteadores devem ser criteriosos na concessão de créditos e na gestão dos recebíveis para mais CRIs viáveis, além de evitar a tabela SACOC, pois a mesma pode levar à alta inadimplência devido ao crescimento rápido dos pagamentos em relação à renda dos compradores. No caso de contratos com AF, deve-se registrar a condição nas matrículas dos lotes, mesmo que o próprio loteador financie o custo do ITBI e registro.

Rafael Ferreira: A solução está no mercado de capitais. Nosso objetivo é criar uma modalidade de funding para o setor de loteamentos que permita aos urbanizadores acesso ao recurso para que não precisem mais assumir a venda de modo a financiar com carteira própria. 

O loteador deve se preocupar com o nível de governança e transparência de sua operação, tanto em âmbito corporativo quanto nos empreendimentos. O uso predominante da tabela PRICE e alienação fiduciária (AF) são essenciais, além das carteiras estarem indexadas a IPCA+. No âmbito corporativo, o uso de ERPs de mercado, auditoria nos balanços e estruturação de conselhos consultivos facilitam o acesso ao mercado de capitais. 

Related News