Executivos debatem oportunidades e desafios no mercado imobiliário na Bahia

Líderes de empresas do mercado imobiliário da Bahia participaram de uma reunião online no último dia 22, organizada pelo GRI Club em parceria com a Brain, para a apresentação de dados e um debate sobre o panorama dos setores de incorporação residencial vertical, loteamentos e comunidades planejadas no estado. 

O encontro foi conduzido pelo sócio-diretor da Brain, Fábio Tadeu Araújo, e contou com a participação do consultor regional da empresa nas regiões norte e nordeste, Claubert Francisco Barreto, além de mais de 30 executivos representando empresas que atuam em diferentes faixas de renda. 

Antes de falar especificamente da Bahia, Araújo trouxe dados nacionais, como a demanda por crédito imobiliário. O executivo destacou que no recorte do primeiro semestre, embora haja um recuo de 11% no volume contratado com recursos da poupança, ele ainda assim é muito expressivo (R$ 85,6 bilhões), considerando que a base de comparação é o recorde histórico, obtido em 2021. 

“Este será o segundo melhor ano da história em termos de financiamentos imobiliários no Brasil”, cravou o sócio-diretor da Brain. “E o que é mais importante: quando consideramos apenas o financiamento à construção, isto é, destinado para as incorporadoras, há uma alta de 16% em relação ao ano passado”.

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Mercado em Salvador

A capital da Bahia tem 119 edifícios residenciais mapeados pela Brain, com uma oferta lançada superior a 21 mil unidades. Hoje, o estoque disponível é de pouco mais de quatro mil apartamentos. Não há grande volume de novas entregas previsto para os próximos meses, com apenas três projetos em construção. 

O preço médio do metro quadrado privativo em Salvador está em R$ 7,1 mil, com os valores mais altos em apartamentos de um dormitório (R$ 9,4 mil) e quatro dormitórios (R$ 11,4 mil). Já as unidades com dois quartos são as mais acessíveis em termos de preço médio (R$ 5,4 mil). 

Os imóveis com dois dormitórios também respondem pela maioria dos lançamentos na capital, enquanto, na outra ponta, praticamente não há oferta final disponível em imóveis com quatro ou mais quartos. 

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Por Henrique Cisman