Imagem de capa<label style="color:#fff;">Roberto Martini / Crédito: GRI Club/ Flavio Guarnieri<label>

Em era fluída, criativo vê oportunidades para real estate

Roberto Martini, especialista em negócios disruptivos, fala sobre mudança da sociedade e do negócio imobiliário.

8 de outubro de 2019Mercado Imobiliário

Antes uma tendência e perspectiva futura, a sociedade fluída é hoje realidade e o mercado imobiliário tem a oportunidade de ver como movimentações e transformações no comportamento da população podem representar novas possibilidades de negócios. "Estamos falando de um mundo mais fluido, com maior mobilidade e relações temporais, em um [espaço de] tempo cada vez mais escasso", considera Roberto Martini, CEO global e CCO da FlagCX, uma rede de empresas disruptivas focadas em comunicação de marcas. 

Programador por formação e expert em trazer uma nova abordagem em campanhas de comunicação de grandes companhias nacionais e multinacionais, Roberto Martini é reconhecido no mercado em que atua por trabalhar com o poder computacional, logaritmos, dados e inteligência artificial para a realização de propostas disruptivas. 

Após participar de um club meeting do GRI Club Real Estate em 14 de agosto em São Paulo – no qual abordou o tema de inovações e modelos disruptivos nas diversas indústrias, como a do entretenimento –, ele conversou com a equipe de reportagem do GRI Hub especificamente sobre o mercado imobiliário, setor que tem uma oportunidade para uma reinvenção de negócios.


Novos produtos imobiliários

"Embora eu não seja especialista em mercado imobiliário, vejo que há mais pessoas procurando por coworking [por exemplo]", contextualiza Martini, ao traçar fatores para uma rápida análise da indústria de real estate

Ele aposta nessa forma de trabalho para o desenvolvimento de seus negócios. Por meio de uma série de variáveis – como a fragmentação, a hipertransparência e a descentralização –, propõe novos olhares e dinâmicas de trabalho, que respondem com êxito a transformações cada vez mais constantes, agressivas e velozes. 

Para o setor imobiliário, especialmente os segmentos residencial e corporativo, entre os indicadores apontados pelo especialista, estão o conceito do espaço de trabalho compartilhado com outras pessoas, a questão do custo e o risco da permanência. "Quando analisamos imóveis, estamos falando sobre a imobilidade, que não [se enquadra como] uma variável deste novo mundo", esclarece. 

"O escritório compartilhado é apenas uma das expressões, mas estamos frente a novas relações de moradia, como o coliving, outros tipos de contratos e de oferta de imóveis também, incluindo serviços e outras variáveis que minimizam o impacto da imobilidade para o adquirente desse ativo", continua.

Nesse sentido, Martini ressalta que um dos pontos de atenção é o fato de que parte da população está em busca de alternativas e possibilidades que permitam a mobilidade. "Portanto, toda decisão que comprometa por mais tempo vai ser cada vez mais difícil de ser tomada. Sempre se vão buscar por alternativas que tragam mobilidade. É necessário aplicar outros conceitos nesse espaço em constante transformação", complementa.

Considerado um dos mais promissores profissionais criativos do mercado brasileiro e reconhecido como empreendedor do ano de 2017 pela revista GQ, Roberto Martini criou em 2004 um dos cases da indústria de mídia, publicidade e comunicação, a CuboCC. A ideia era apoiar outras agências do setor em desenvolvimento de projetos inovadores. Hoje, na FlagCX, entre os diversos serviços ofertados pelo grupo, estão os da Mesa, consultoria especializada em resolver problemas complexos rapidamente, com a participação de profissionais de todo o mundo. 
 

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