Cresce interesse por investimentos em laje corporativa em SP
Taxa de retorno do segmento na cidade ficou na faixa dos 6,6% em 2019, relata Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA Brasil.
Giancarlo Nicastro*
O desempenho do setor imobiliário está altamente conectado com o ritmo da economia no País. Durante o ano de 2019, tivemos bons sinais da retomada econômica. Após um PIB negativo em 2016, e em patamares próximos a 1% nos anos seguintes, a perspectiva do índice para 2020 é de crescimento entre 2% e 3%, indicam economistas.
Ajustes fiscais e quedas nas taxas de juros brasileiras também impactam a economia e, consequentemente, o mercado imobiliário. Com a Selic em 4,5%, cresce o desejo pela diversificação de investimento em busca de retornos mais altos – e o investimento imobiliário é um dos que mais chamam a atenção.
A principal base para o estudo do retorno de um investimento imobiliário é a análise do cap rate, termo em inglês para 'taxa de capitalização'. O índice é calculado com base na receita líquida que a propriedade deve gerar, dividida pelo seu preço de mercado. É usado para estimar o retorno previsto para o investidor durante a compra de imóveis comerciais.
Em análise inédita da plataforma SiiLA Brasil, o cap rate para lajes corporativas – segmento de escritórios de alto padrão – nas principais regiões comerciais de São Paulo teve retorno médio do investimento previsto na faixa dos 6,6% no ano de 2019.
O índice, que vem apresentando queda nos últimos anos, se mantém atrativo na comparação com outros investimentos mais conhecidos pelos brasileiros – como CDI, CDB e Tesouro Direto – e as perspectivas para os próximos períodos são bem otimistas para os ativos imobiliários.
A taxa de ocupação dos escritórios A+ e A, nas regiões CBDs (Central Business Districts) está acima dos 85% – restando menos de 15% de área disponível para locação segundo os dados mais recentes da SiiLA Brasil. O pouco estoque e economia em alta, o que acelera o surgimento e a expansão de empresas, levam, consequentemente, a uma maior busca por esse tipo de ativo. Além disso, com maior procura, os preços de aluguéis tendem a se manter em patamares mais elevados, atraindo ainda mais investidores.
Venda de lajes corporativas em São Paulo
*Giancarlo Nicastro é CEO da SiiLA Brasil
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