Co-working 2.0 será de espaços temáticos, diz CEO da Regus

Espaços de trabalho colaborativos em prédios residenciais são outra frente que deve prosperar.

22 de maio de 2019Mercado Imobiliário

Segmento que viveu intenso crescimento no mundo nos últimos anos, o co-working deve ter como um de seus principais drivers de expansão nos próximos anos o foco em públicos específicos. A avaliação vem do grupo IWG, detentor de marcas como Regus e Spaces.

"O mercado 2.0 do co-working vai ser esse, de aplicação tematizada", previu Tiago Alves, COO da Regus para América Latina e CEO no Brasil, durante o Smartus Proptech Summit. O evento foi promovido pela Smartus, empresa do GRI Group, em 16 de maio.

O próprio IWG inaugurou recentemente uma unidade Spaces focada no público feminino, em parceria com a jornalista Fabiana Scaranzi, e está de olho em outros segmentos, como os de advogados, arquitetos e youtubers.

Co-working em prédios residenciais


Outra frente em que os co-workings vêm prosperando a olhos vistos é aquela em que se conjugam a empreendimentos residenciais.

Alexandre Frankel, CEO da Vitacon, aponta que a correlação entre cadeiras de co-working e quantidade de apartamentos vem evoluindo muito. "Muita gente usa o regime de home office e há mais pessoas trabalhando como autônomas – reflexo da crise – dentro dos prédios", explica.

"Co-working em prédios residenciais é algo que está acontecendo bastante. Aliás, não apenas em prédios residenciais. A Starbucks, por exemplo, nada mais é do que um grande co-working. Vemos isso em todo tipo de lugar", afirma Alves. "O termo co-working se internacionalizou e hoje significa espaço de trabalho compartilhado onde quer que se esteja. O conceito foi abraçado", completa.

Tiago Alves,CEO da Regus no Brasil | Crédito: Smartus-GRI Group/ Flávio Guarnieri

 

Flexibilidade e otimização de custos


Entre as justificativas para a disseminação de co-workings observada recentemente, estão a busca por flexibilidade e otimização de custos. Flexibilidade parece estar se tornando palavra de ordem. Maciços 80% dos entrevistados pelo grupo IWG em uma pesquisa global indicaram que, diante de duas ofertas de emprego, tenderiam a optar pela que oferecesse mais flexibilidade. Também segundo o estudo, 50% já trabalham fora do escritório alguns dias da semana e 85% alegam que sua produtividade sobe consideravelmente com jornada de trabalho flexível.

Já no que diz respeito a custos, o grande vantagem para quem adere ao modelo está em pagar estritamente pelo espaço ocupado e evitar subutilização. "O metro quadrado mais caro nos dias de hoje é o que se paga e não se usa, estando em Nova York, Los Angeles, São Paulo ou Rio de Janeiro", diz Alves, que participou do evento via teleconferência, a partir de uma unidade do grupo IWG em Wall Street, Manhattan.


 

GRI Residencial Brasil 2019

As principais tendências para o segmento residencial, com especial destaque para as demandas e os reflexos da economia compartilhada, estarão em discussão no GRI Residencial Brasil 2019, marcado para 18 de junho, em São Paulo. Confira como será a programação.