Your application for a Courtesy Membership is under review

We have just received your information and we will get back to you shortly. Check out the steps below:

Information sent


2

Application in analysis


3

Feedback email


4

Complimentary access activated

* Required fields
* I confirm that I have read and agree to the Terms and Conditions of GRI Club
Credit: Raw pixel/Envato
7th March
Sao Paulo
REAL ESTATE
20 - 21 March
Santo Domingo, República Dominicana
REAL ESTATE
26th March
Novotel Três Figueiras, Porto Alegre
REAL ESTATE
9 - 10 April
Madrid
REAL ESTATE
11th April
Sao Paulo
REAL ESTATE
16th April
Fortaleza, Brazil
REAL ESTATE
REAL ESTATE
16 - 17 May
New York Marriott Downtown, New York
REAL ESTATE
05th June
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers, São Paulo
REAL ESTATE
18th June
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers, São Paulo
REAL ESTATE
28 - 29 August
The St. Regis Mexico City, Ciudad de México
REAL ESTATE
04 - 05 September
REAL ESTATE
12th December
Centro de Convenções do São Paulo Corporate Towers ,São Paulo
REAL ESTATE
Real Estate

Brasil supera marca de mil proptechs e construtechs

Mapa produzido pela Terracotta Ventures indica crescimento e maturidade no ecossistema de tecnologia aplicada no setor

6 MIN READ May 10, 2023

Por Henrique Cisman 

O ecossistema brasileiro de proptechs e construtechs apresenta sinais de resiliência, crescimento e amadurecimento, mesmo diante do "inverno das startups", um período desafiador para o mercado de tecnologia. É o que revela o 7º Mapa de Construtechs e Proptechs, publicado pela Terracotta Ventures - principal empresa de venture capital nos mercados imobiliário e de construção civil da América Latina. 

O setor agora conta com 1.068 startups ativas, um aumento de 11,4% em relação às 955 empresas mapeadas em maio de 2022. A taxa de crescimento, apesar de significativa, desacelerou nos últimos anos. Por outro lado, a taxa de mortalidade de startups diminuiu para 5,2%, menor do que os índices registrados no biênio anterior (11,9% e 13,7%). Esses dados indicam uma estabilização na criação de novos negócios digitais e maior maturidade das startups dedicadas ao ramo imobiliário.

Investimentos em startups early-stage aumentam

O mapa também mostra um crescimento nos investimentos em startups early-stage entre maio de 2022 e maio de 2023, com um aumento de 24,4%, para R$ 789 milhões. As startups de São Paulo ficaram com 52% do volume investido, seguidas por Santa Catarina (33%) e Rio de Janeiro (6%). A Terracotta Ventures foi a investidora mais ativa no segmento no país, participando de 40% dos dez maiores aportes early-stage do ano.

No entanto, a linha de venture capital em toda a cadeia de construção civil e mercado imobiliário - incluindo negócios de fases mais avançadas - teve uma queda de 56% no volume investido em 2022, totalizando R$ 2,55 bilhões, em comparação aos R$ 5,83 bilhões em 2021. Além disso, houve um recuo de 30% no total de aportes no setor, passando de 67 para 47 rodadas de um ano para o outro.

Janela de oportunidades se abre

Bruno Loreto, managing partner da Terracotta Ventures, acredita que os números comprovam a existência de uma janela de oportunidade para investidores e startups com soluções inéditas e capazes de impulsionar a digitalização do setor, especialmente aqueles relacionados aos investimentos anjo, pré-seed e seed.

Loreto também aponta que há diversas teses nas quais a demanda por tecnologia é crescente, com empreendedores valorizando um crescimento mais equilibrado e um cenário competitivo menos agressivo, traduzindo-se em possibilidades de bons negócios.

Maturidade do setor influencia fusões, aquisições e M&As

O futuro do venture capital em negócios digitais na construção civil e no mercado imobiliário é promissor, uma vez que o segmento amadureceu em quantidade e qualidade de empreendedores. O mercado de construção civil valoriza e demanda cada vez mais tecnologia, indicando uma continuidade no crescimento dos novos negócios e a viabilidade de bons "deals".

“A demanda por tecnologia como motor de eficiência e competitividade das empresas tradicionais que estão buscando se digitalizar tende a continuar aumentando; se há demanda por tecnologia, a melhor receita para qualquer startup é o dinheiro do cliente, da venda da solução e na proposta de valor que são capazes de gerar. Essa combinação vai consolidar algumas teses de negócios e incentivar operações de fusões, aquisições e estratégias de M&A”, explica Loreto.

O mercado também deve se retroalimentar a partir dos layoffs (demissões) que ocorrerem, pois devem impulsionar o retorno de empreendedores para o mercado com novas ideias e soluções que podem renovar o ciclo de negócios digitais no ramo da construção civil e no mercado imobiliário brasileiro.

Perfil do ecossistema de construtechs e proptechs no Brasil

Mais de 70% das construtechs e proptechs brasileiras estão nos estágios iniciais de desenvolvimento, entre operações pré-seed e seed. Esses negócios são aqueles que se encontram nas etapas de validação e comprovação da viabilidade da ideia e do negócio em potencial, fase em que a maioria das startups quebra em decorrência de dificuldades financeiras.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Mapa das Construtechs e Proptechs mostra que as startups com soluções voltadas para propriedade em uso formam o maior número de negócios digitais do setor ativos no país. Na sequência, aparecem as empresas com ferramentas e tecnologias dedicadas à aquisição, construção e projeto e viabilidade de imóveis.

Os investimentos early-stage seguem a tendência dos setores que mais crescem dentro desse ecossistema de inovação. Startups relacionadas a processos e tecnologias dedicadas a propriedades em uso conquistaram praticamente 40% de todo o volume arrecadado pelas startups early-stage no ano passado. Em seguida, aparecem as startups dedicadas à aquisição (32%) e construção (19%).

Atualmente, 120 startups do segmento de construção civil e imobiliário no Brasil estão relacionadas com soluções voltadas para condomínios, segmento que teve crescimento de quase 30% no ano passado. Também são macrogrupos representativos aqueles que compõem negócios digitais para gestão de obras, intermediação digital, captação de recursos e compartilhamento de espaços.

Das 1.068 startups mapeadas, a maior parte está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país (88,5% do total), com destaque para os estados de São Paulo (44,8%), Santa Catarina (12%) e Paraná (9,5%). No entanto, o ritmo de crescimento das regiões Nordeste (17,8%) e Centro-Oeste (13,9%) é superior à média nacional, demonstrando uma tendência de maior capilarização do ecossistema. Proporcionalmente, os destaques entre os estados são o Ceará e Pernambuco, que aumentaram o número de negócios no setor, respectivamente, em 38% e 46%.

Essa expansão do ecossistema de construtechs e proptechs no Brasil demonstra a crescente importância do setor na economia nacional. A inovação e a tecnologia aplicadas ao mercado imobiliário e à construção civil estão revolucionando a forma como as pessoas lidam com imóveis, desde a concepção e construção até o uso e a gestão das propriedades.

O aumento no investimento em startups early-stage reflete a confiança dos investidores no potencial dessas empresas para alavancar a digitalização do setor. Além disso, a desaceleração no crescimento de novas startups e a redução na taxa de mortalidade das empresas indicam um amadurecimento do ecossistema, com empreendedores mais preparados e focados no desenvolvimento de soluções eficientes e sustentáveis.

É importante ressaltar que a colaboração entre as startups e as empresas tradicionais do setor é fundamental para a consolidação das inovações propostas pelas construtechs e proptechs. Com a adoção de novas tecnologias, as empresas podem aumentar sua eficiência, competitividade e sustentabilidade, gerando benefícios para os clientes e para o meio ambiente.

O que esperar para 2023?

Em 2023, o mercado de venture capital na construção civil e no mercado imobiliário deve continuar focando em soluções inovadoras que atendam às principais demandas e tendências do setor. Algumas áreas promissoras incluem:

1. Soluções voltadas para a redução de custos: Com a instabilidade econômica e o aumento nos custos dos materiais de construção, as tecnologias que promovem a redução de custos na construção se tornam cada vez mais relevantes e atraentes para investidores.

2. Soluções de otimização comercial e de vendas: Diante da retração no volume de novos lançamentos imobiliários e da receita das empresas, o mercado busca soluções que otimizem os processos de venda e reduzam o risco de distrato, melhorando a eficiência e a rentabilidade do setor.

3. Soluções financeiras para o setor imobiliário: As real estate fintechs continuarão a atrair investimentos, já que oferecem maior eficiência na conexão entre os setores financeiro e imobiliário. Essas empresas podem contribuir para a ampliação do acesso ao crédito, mesmo em um cenário de restrições.

4. Soluções voltadas ao ESG: Negócios que abordam aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa se tornam cada vez mais relevantes, devido ao papel central do mercado imobiliário na questão das emissões de carbono e dos impactos ambientais. Investimentos nesse segmento buscam incentivar práticas sustentáveis e responsáveis.

Conclusão

Diante desse cenário promissor, espera-se que o setor continue atraindo investimentos e gerando oportunidades de negócio para as startups e os investidores. Além disso, a maior maturidade do ecossistema deverá impulsionar fusões, aquisições e estratégias de M&A, consolidando as empresas e permitindo que se expandam e conquistem novos mercados.

Nesse contexto, é fundamental que empreendedores, investidores e empresas do setor estejam atentos às tendências e aos desafios enfrentados pelas construtechs e proptechs. Com um ecossistema cada vez mais maduro e dinâmico, o Brasil tem o potencial de se tornar um dos principais polos de inovação e desenvolvimento tecnológico no setor imobiliário e de construção civil a nível mundial.

Baixe o 7º Mapa de Construtechs e Proptechs
Related News