Imagem de capaQuarto da Suite Imperial do Mandarin Oriental Hyde Park, em Londres. Crédito: Divulgação

Brasil é prioridade na América do Sul, diz Mandarin Oriental

Foco principal é São Paulo. No entanto, grupo está entrando na região por Santiago, no Chile, explica Francesco Cefalu.

7 de junho de 2019Mercado Imobiliário

O Brasil é prioridade, o mercado mais importante para o grupo hoteleiro de luxo Mandarin Oriental ao se tratar da América do Sul, mas sem pressa, apenas quando for encontrada a oportunidade adequada, diz Francesco Cefalu, diretor de Desenvolvimento Regional para Emea (Europa, Oriente Médio e África) e América do Sul.

"Tem que ser o dono certo, a localização certa, a oportunidade certa; senão, podemos esperar. Claramente, queremos crescer no Brasil e talvez depois venha Buenos Aires como lugar natural. O mais importante é que é a demanda e as bases do mercado [brasileiro] estão presentes, mesmo neste momento difícil, nesta situação geopolítica e macroeconômica do País", afirma ele, que conversou com o GRI Hub durante sua participação no GRI Hotéis Brasil 2019.


Francesco Cefalu, diretor da Mandarin Oriental | Crédito: GRI Club /  Flávio Guarnieri

No Brasil, São Paulo é o mercado mais visado. Em seguida, vem o Rio de Janeiro. Um resort também é uma possibilidade, com estratégia oportunista. E mesmo com a chegada de novos players ao País, como Four Seasons, Rosewood e Tangará, continua a existir espaço para um empreendimento de luxo, analisa Cefalu. "Há demanda e achamos que, apesar de todos esses projetos, não há hotel de luxo definitivo em São Paulo nem no Rio", aponta ele.

Entrada pelo Chile

A chegada do grupo à América do Sul se deu recentemente, via Chile. "Entramos no Chile porque, em um projeto de luxo, é fundamental ter o produto e a visão do dono a longo prazo. Encontramos isso com o olhar de reposicionamento do antigo Grand Hyatt em Santiago, com o [proprietário] Corp Group [Hotel Corporation of Chile], e esperamos achar o mesmo no Brasil."

Em meados de 2017, a Mandarin Oriental assinou um contrato para operar o antigo Grand Hyatt Santiago, que temporariamente está sendo chamado de Hotel Santiago, durante o processo de renovação com portas abertas, pré-rebranding. "Estamos fazendo uma renovação para reposicionar o empreendimento porque queremos entrar na América do Sul do jeito certo e ter um hotel que apresenta o que a marca quer ser não só como produto, mas como serviço", descreve Francesco Cefalu. A atuação no Chile terá também um segundo empreendimento, em Viña Del Mar.

Adicionalmente, interessam na região Peru e Colômbia; porém, a estratégia prevê um passo de cada vez. "Somos uma companhia pequena, e conseguir o equilíbrio do projeto certo, budget certo e dono certo não é fácil. O foco agora é completar Santiago e no Brasil – São Paulo em particular. Não podemos fazer tudo [ao mesmo tempo]. Não somos Marriott ou Accor nem queremos ser. Somos muito diferentes e especializados", arremata o executivo.

O Mandarin Oriental – parte do Jardine Matheson Group – é um grupo internacional centrado em investimento e gestão de hotéis, resorts e residências de luxo. De origem asiática, soma seis décadas de atuação e hoje opera 32 hotéis e seis residenciais em 23 países e territórios. Os ativos do grupo estão estimados em cerca de US$ 5,8 bilhões (dado de dezembro de 2018).

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