A retomada do setor de shopping e varejo para o mercado imobiliário brasileiro

7 de maio de 2020Mercado Imobiliário

Em mais um eMeeting promovido pelo GRI Club, executivos do mercado imobiliário brasileiro se reuniram para discutir as perspectivas e visões de como os mercados de shopping center e varejo estão enfrentando o momento atual.

A reunião online levantou pontos importantes, dentre eles o futuro dos shoppings e varejo no país. O que tem sido mais alarmante na pandemia do Coronavírus? Até quando veremos o prolongamento da quarentena e isolamento social? Quais medidas estão sendo tomadas pelas operadoras de shopping centers? Quais os planos dos varejistas no E-Commerce e como será a reabertura das lojas no futuro?

Essas e diversas outras questões foram discutidas em um e-meeting, na tarde desta terça-feira (28/04), que reuniu mais de 85 nomes do setor para compartilhar percepções e experiências. Confira abaixo os principais pontos discutidos:
 

Resumo

Nesta semana, começamos o debate em relação ao ponto que tem sido mais alarmante nesta pandemia do Coronavírus para o setor de shopping e varejo. Diferentemente de outros setores do mercado imobiliário, sem dúvidas o prolongamento da quarentena e seus efeitos em uma possível reabertura dos empreendimentos geram uma incerteza em relação ao futuro e são a maior preocupação neste momento. 

Em um cenário nunca antes visto, em que era inimaginável pensar que empreendimentos pudessem continuar tanto tempo fechados, a posição otimista vem daqueles que acreditam que a reabertura está próxima. Sem dúvidas, algumas cidades que estão com situação melhor em relação ao número de casos de COVID-19 permitem que tal normalidade chegue mais rápido, diferentemente de grandes centros urbanos que continuarão com uma incerteza em relação aos próximos meses, já que o ponto de inflexão é desconhecido. Além disso, a inadimplência é um ponto alarmante para muitos, já que shopping centers presentes em cidades menores acabam sofrendo um choque mais forte com o fechamento de suas portas e não possuem caixa mais robusto e maior facilidade de estruturação de dívidas.

A retomada da economia e consequente crescimento de confiança da população brasileira serão fundamentais nas próximas semanas e representam o ponto-chave para a volta dos empreendimentos à normalidade. Para que esta retomada e restabelecimento de confiança entre todos os atores envolvidos seja exitosa, o processo de reabertura da economia como um todo deverá ser lenta e gradual, já que qualquer movimento e decisão tomada levará em conta a segurança das pessoas. 


Cabe aos administradores de shopping centers e varejistas manterem a união neste momento e encontrarem uma saída em comum enquanto os empreendimentos continuam fechados. Do lado do varejo, já é perceptível que uma nova tendência permanecerá no futuro, ligada ao processo de digitalização e crescimento do E-Commerce. No entanto, o espaço físico será ainda mais relevante, já que muitas pessoas, ao fim de deste cenário, voltarão a frequentar os espaços de compras e lazer. Para que o cenário seja menos turbulento, as ideias levantadas ficam entre criar uma saída prática e lógica do isolamento social no futuro, talvez utilizando a reabertura dos Shopping Centers em fases, primeiro aquelas que concentram menor aglomeração de pessoas para aquelas que concentram maior aglomeração de pessoas. Algo que aos poucos já está acontecendo em outros países.  

Por fim, lançamos uma última pergunta, para saber qual a expectativa em relação ao varejo e quando ele irá atingir o patamar pré-crise. A percepção geral e expectativa é apenas no segundo semestre de 2021. Para que este patamar seja alcançado antes, o comportamento no pós-crise será fundamental e deverá unir a comunicação geral do setor, para que os administradores de shopping centers junto aos varejistas possam oferecer experiência única, resguardando e protegendo clientes e colaboradores.

O debate contou com a participação de Alessandro Thiry (McDonalds/Arcos Dourados), Armando d'Almeida Neto (Multiplan), Carlos Jereissati Filho (Iguatemi), Fabio Faccio (Renner), Leandro Bousquet (Vinci Partners), Marcelo Bertini (Cinemark), Mauro Junqueira (Aliansce Sonae), Sérgio Brandão Marins (SGGC), entre outros. 

 

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