Imagem de capaDanillo Marcondes, diretor de Investimentos em Infraestrutura da GLP Brasil<br />Crédito: Divulgação

Que planos a GLP tem para sua nova divisão de infraestrutura

Estão na mira rodovias, aeroportos, portos, ferrovias e a instalação de painéis solares em telhados de galpões.

26 de agosto de 2019Infraestrutura

 Uma das maiores gestoras de fundos imobiliários do mundo, com US$ 64 bilhões em ativos industriais e logísticos sob gestão e um portfólio global que soma 73 milhões de m², a GLP, a partir de fevereiro deste ano, abriu uma nova frente de atuação no Brasil. Trata-se de uma divisão focada em ativos de infraestrutura relacionados a logística ou real estate

Estão na mira, por exemplo, rodovias, aeroportos, terminais portuários, áreas alfandegadas e ferrovias, além de um projeto de instalação de painéis solares nos telhados dos galpões logísticos da GLP, adianta Danillo Marcondes, diretor de Investimentos em Infraestrutura da empresa.

"O pipeline é amplo e as decisões [de aporte de capital] vão ser tomadas à medida que se concretizem oportunidades aderentes ao nosso planejamento. Os investimentos iniciais serão feitos com capital próprio da GLP. Posteriormente, esses investimentos também poderão ser oferecidos aos nossos parceiros para coinvestimento, através de um fundo dedicado a ativos de infraestrutura", diz o executivo. 

Confira a entrevista de Danillo Marcondes

Por que decidiram criar uma divisão focada em infraestrutura? E por que neste momento?
A área de Investimentos em Infraestrutura tem como objetivo ser uma plataforma com capacidade para identificar no mercado brasileiro oportunidades de negócios em ativos de infraestrutura que tenham relação com logística ou real estate. O momento de mercado é oportuno para esse movimento. O pipeline de projetos que se desenha é robusto, com demanda de investimentos superior à capacidade de alavancagem do balanço dos players que já atuam no País. Adicionalmente, o mercado de capitais começa a ganhar importância como alternativa ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] no financiamento de projetos de infraestrutura. Isso abre uma janela de oportunidades para novos entrantes, e queremos estar preparados para conquistar os ativos que estejam aderentes à nossa tese de investimentos. O crescimento do e-commerce e a competitividade do País no agronegócio, com aumento das áreas plantadas, são exemplos de tendências que só reforçam a demanda por investimentos em infraestrutura de qualidade que proporcione mais agilidade, eficiência logística e novas rotas de escoamento da produção. São alavancas sustentáveis que geram oportunidades para investirmos no Brasil.

Quais os principais objetivos dessa nova área?
O foco dos investimentos dessa nova divisão da GLP será em ativos de infraestrutura que tenham relação com logística ou real estate, como rodovias, aeroportos, terminais portuários, áreas alfandegadas e ferrovias. Essas são áreas que temos acompanhado de perto, mapeando projetos e atentos às oportunidades de investimento. Também está no pipeline o desenvolvimento de um projeto na área de energia, através da instalação de painéis solares no telhado dos galpões logísticos da GLP, a exemplo do que fazemos em outros mercados, como Japão e China. Energia solar é uma área de fronteira no Brasil, com muito potencial de crescimento. Em linha com a estratégia global da GLP, temos buscado oportunidades de investimento no ecossistema logístico, em especial empresas que usam tecnologia para melhorar a eficiência das operações logísticas, tendo já investido em duas companhias com grande potencial de crescimento no Brasil.

Como os planos estão distribuídos entre curto e longo prazos?
A área está estruturada e atuante. Temos acompanhado de perto os projetos de concessões que o governo vem anunciando no âmbito federal e no estadual, e também as oportunidades no mercado secundário de fusões e aquisições. Adicionalmente, estamos abertos para estabelecer parcerias com players com experiência na operação dos ativos. São estruturações de negócios que devem evoluir ao longo dos próximos meses.

O que pode adiantar sobre os investimentos previstos nessa frente?
O potencial é grande. O pipeline é amplo e as decisões vão ser tomadas à medida que se concretizem oportunidades aderentes ao nosso planejamento. Os investimentos iniciais serão feitos com capital próprio da GLP. Posteriormente, esses investimentos também poderão ser oferecidos aos nossos parceiros para coinvestimento, através de um fundo dedicado a ativos de infraestrutura.

Entrevista concedida à editora-chefe, Giovanna Carnio
 

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