Líderes corporativos veem criatividade como valor essencial

Saiba o que pensam executivos dos setores imobiliário e de infraestrutura sobre criatividade e inovação nos negócios.

29 de abril de 2019Infraestrutura
Os líderes dos setores imobiliário e de infraestrutura no País dão hoje extrema relevância à criatividade e à inovação nos negócios, aplicadas nas mais variadas frentes – da proposição de soluções 'fora da caixa' à identificação de formas mais eficientes de execução de projetos, passando pela interação com os clientes e pela gestão dos colaboradores.

Esse foi o tema central do GRI Unique Dinner - L'Opera Creativa, realizado em 25 de abril em São Paulo. O encontro teve como um de seus pontos altos a apresentação do palestrante e humorista Murilo Gun, que compartilhou estratégias para o desenvolvimento de soluções criativas.

Ao final do encontro, o GRI Hub ouviu diversos dos executivos presentes sobre esse assunto. Acompanhe:


<span class=Adriano Mantesso" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Adriano_Mantesso_2019_4_29_20_01_23_1556568083.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Adriano Mantesso, vice-presidente sênior para os Mercados em Crescimento – Brasil da Ivanhoé Cambridge
"A criatividade é cada dia mais relevante. [No universo corporativo], é preciso ter um olhar novo e transmitir isso à equipe para, por exemplo, gerar produtos diferentes e obter um retorno melhor dos investimentos. O mercado imobiliário é bastante tradicional. No entanto, nos últimos anos, as transformações da sociedade, como o modo como as pessoas querem trabalhar e viver, impuseram a necessidade de inovação para acompanhar essa tendência."




<span class=Miguel Noronha" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Miguel_Noronha_2019_4_29_20_07_11_1556568431.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Miguel Noronha, managing director da BMPI
"Criatividade e inovação são ferramentas fundamentais para um executivo, além das capacitações todas que precisamos deter para a condução dos negócios – as clássicas, que aprendemos no ambiente acadêmico, por exemplo. Sem doses importantes de criatividade e inovação, as limitações são enormes. É fundamental pensar 'fora da caixa', e inovar [pode] transformar verdades que antes eram absolutas. Hoje, considerando toda a diversidade dos ambientes em que atuamos, é necessário estar aberto a receber contribuições e novas ideias, escutar o outro e capturar experiências, não só da vida profissional, mas da pessoal. Essa pluralidade faz o executivo pensar e decidir com muito mais amplitude do que quando se baseia unicamente em suas qualificações. Isso pode ser transformacional para o executivo e a empresa em que trabalha."




<span class=Caimi Reis" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Caimi_Reis_2019_4_29_20_09_12_1556568552.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Caimi Reis, sócio da Brookfield Financial
"Nunca vivemos em um mundo com tantas transformações, agora ainda mais profundas do que antes, com quase todos os paradigmas antigos sendo quebrados. Portanto, a inovação e a criatividade são essenciais não só para continuarmos gerando resultado como para conseguirmos nos adaptar a todas essas mudanças."






Ivan SchiaraIvan Schara, gerente executivo da Previ
"Para se tornarem sustentáveis, as empresas precisam se renovar e inovar, e a criatividade faz parte do processo. Esse é um tema muito pertinente para nossa realidade, em que os desafios são crescentes e a complexidade do mundo, cada vez mais desafiadora. Sem um novo olhar, a sustentabilidade de uma companhia pode ser muito difícil. Na teoria, [inovar] é fácil, mas, na prática, requer exercício e disciplina muito grandes porque há margens para o erro. Por outro lado, é possível inovar em todos os âmbitos, começando com processos menores e dando um passo de cada vez."





<span class=Renato Sucupira" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Renato_Sucupira_2019_4_29_20_17_40_1556569060.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Renato Sucupira, presidente da BF Capital
"Hoje em dia, é muito mais difícil sair do automático e parar para pensar em várias soluções, uma vez que somos conduzidos a uma resposta. É preciso 'deseducar' as pessoas [nesse sentido], algo complicado porque a cobrança é grande e o tempo, escasso. Às vezes, paro para refletir e fazer coisas novas – como ir a lugares diferentes, optar por caminhos distintos ou escrever com a mão esquerda – a fim de exercitar o cérebro. Mas tudo isso é muito pouco. Sem uma 'deseducação' [para sair do automático] e sem estabelecer essa mudança como prioridade, a criatividade vai ficar sempre em segundo plano. É o que acontece hoje na maioria das empresas, exceto pelas realmente inovadoras. Sinto falta de exercer muito mais a criatividade na minha, que é mais tradicional, e vou pensar mais nesse tema. No entanto, há que se lembrar que o equilíbrio é tão importante quanto a criatividade. O melhor dos mundos é aliar ambos. Há que se sair do padrão, dar liberdade aos funcionários para isso, porém com certo limite, pois criatividade, numa companhia tradicional, emite menos nota fiscal do que o [modus operandi] tradicional."





Marcelo HannuedMarcelo Hannud, especialista em Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) da XP Asset
"[Criatividade e inovação] são fundamentais no mercado imobiliário, uma vez que as características dos imóveis mudam de acordo com a cidade e a sociedade. Como exemplo [de inovação em bens imobiliários], podemos citar o surgimento de novos produtos, como empreendimentos que estão transformando antigos comércios, via retrofit, em multifamily para renda com enorme sucesso. [Na XP], aplicamos a inovação e a criatividade todos os dias, permanentemente. Precisamos estar absolutamente atentos ao que está ocorrendo para manter o imóvel vivo e atualizado. Quem não faz isso hoje estará fora do mercado em um futuro próximo."





Thatyanne Gasparotto, líder da Climate Bonds Initiative (CBI) para a América Latina
"Atuamos em um mercado [o de green bonds] que existe há no máximo seis anos, no qual a inovação e a criatividade são duas constantes. Trata-se de um novo modelo que veio para inovar o mercado de capitais – que, embora seja secular, tem enfrentado desafios no desenvolvimento tradicional. Ainda assim, [a reflexão trazida pelo GRI Unique] me provocou a pensar em como é possível inovar mais."






<span class=Ricardo Manarini" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Ricardo_Manarini_2019_4_29_20_23_58_1556569438.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Ricardo Manarini, vice-presidente de Desenvolvimento do IHG no Brasil
"Para qualquer negócio fluir, há que se usar a criatividade. Mais do mesmo é commodity. A palestra de Murilo Gun  mostrou que não se pode ter preconceito com inputs – por exemplo, não ler determinado tipo de revista. Hoje, é preciso estar atento a tudo, ouvir os vários lados e tirar disso 'sacadas' e iniciativas diferenciadas."







<span class=Erika Matsumoto" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Erika_Matsumoto_2019_4_29_20_26_57_1556569617.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Erika Matsumoto, vice-presidente da Racional Engenharia
"A questão hoje não é aprender, e sim aprender, desaprender e reaprender. Isso está se tornando um mantra para nós. Um dos nossos valores atualmente é a inquietude. Isso nos representa muito e, de certa forma, traz a questão de ser criativo. Queremos fazer diferente, reengenheirar, questionar. Estamos nesse processo e tem de ser assim. Mas também é difícil, pois há que se buscar um equilíbrio. Precisamos ter o 'caórdico', isto é, incentivar o caos e, depois, organizá-lo; senão, o caos destrói."





<span class=Giancarlo Nicastro" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Giancarlo_Nicastro_2019_4_29_20_27_32_1556569652.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA Brasil
"A criatividade, no nosso negócio, que é inovador e busca trabalhar a informação de forma transparente, tem de ser aplicada o tempo inteiro. Precisamos ser criativos para encontrar informação, já que lidamos, muitas vezes, com pessoas que, por exemplo, não querem revelar os valores de locação."






<span class=Raphael Espírito Santo" src="https://cdn.griclub.org/uploads/files/Raphael_EspiritoSanto_2019_4_29_20_30_30_1556569830.jpg" style="float:left; height:20%; margin:10px; width:20%" />Raphael Moreira Espírito Santo, sócio do Veirano Advogados e membro do Comitê Jurídico do GRI Club Real Estate Brazil
"Em qualquer tomada de decisão, temos de ser criativos. Quem não o for e não inovar não tem como sobreviver no mercado. A palestra de Gun trouxe vários insights nessa direção. Na advocacia, os problemas são sempre muito complexos e é necessário enxergar uma solução de maneira rápida, buscando destaque num cenário cada vez mais competitivo. Na nossa profissão, criatividade é tudo."





Markus IwassakiMarkus Iwassaki, sócio da Eminence Real Estate Advisory (Erea)
"Cultivamos a criatividade na nossa empresa, que é jovem no mercado, todos os dias. O próprio nome que escolhemos para a companhia traz a palavra eminence, que denota superioridade, vontade de entregar ao mercado algo acima da média, e só vamos conseguir isso em função da criatividade. Valorizamos o [conhecimento] especialista, vertical, mas entendemos que é muito importante a visão horizontal de ter know-how multidisciplinar em várias matérias de real estate, principalmente quando se vai prospectar um cliente."