<label style="color:#fff;">Crédito: Ação Integrada/iStock<label>

Liderança comunicadora conectando pessoas às empresas

Confira artigo de Adevani Rotter, presidente e fundadora da Ação Integrada

16 de outubro de 2019Infraestrutura

Adevani Rotter*

Vivemos no mundo 3.0, com a tecnologia marcando o ritmo de tudo, inclusive a forma como nos relacionamos. Pessoas comuns que apenas recebiam informação das mídias tradicionais conquistaram espaço tornando-se emissoras nas redes sociais. Essa comunicação democratizada impactou profundamente o modo como as pessoas se expressam no mundo e, consequentemente, como querem se expressar em seus locais de trabalho.

Esse fenômeno social nos leva a acreditar que as ferramentas digitais são a nova onda da comunicação com colaboradores. Diferente disso, a interação humana continua sendo o meio preferido de se comunicar, especialmente na relação líder e liderado. Isso faz sentido, afinal, há uma quantidade enorme de informação circulando e nos distraindo o tempo todo. Em meio a tantos estímulos, como dar foco e direção às pessoas nas organizações? A resposta está na média liderança.

Na 2ª Pesquisa Nacional de Comunicação com a Média Liderança, realizada no final do ano passado e início deste ano pela Ação Integrada, ouvimos 1.200 gerentes de área, coordenadores e supervisores de empresas de diferentes segmentos e portes no País. Descobrimos que 71% dos pesquisados se autopercebem como principal fonte de informação para os seus colaboradores e 88% deles acreditam que os presidentes de suas empresas consideram essencial que invistam na comunicação com suas equipes. Nesse mesmo estudo, 87% afirmam perceber que as informações compartilhadas por eles são as mais lembradas por seus colaboradores e 58% se consideram um multiplicador de informação.  

Porém, quando pesquisamos os colaboradores, os resultados nos últimos anos revelam que, apesar de esses líderes se identificarem com esse papel de comunicador, ele ainda não está sendo cumprido de fato. Quase nunca os gestores imediatos são apontados como a principal fonte de informação dos colaboradores, que mesmo sabendo o que precisam fazer no seu trabalho diário, não compreendem com clareza aonde a empresa quer chegar, nem onde se encaixam nisso.

A solução para calibrar as percepções de gestores e colaboradores está um nível acima nas organizações: nos gerentes seniores e diretores. Enquanto a alta liderança precisa criar uma estratégia robusta, com uma visão ousada para que a empresa possa se diferenciar no mercado – causando, muitas vezes, desconforto –, cabe aos médios líderes estabilizar o processo e colocar a estratégia em execução. Mas ninguém vende uma ideia em que não acredita. Por isso, precisamos, com urgência, começar a discutir com eles como construir a ponte entre a estratégia do negócio e o que as pessoas fazem no dia a dia da organização. A estratégia precisa ser contada com uma história clara e convincente.

Para estarmos preparados para as adversidades e mantermos um pensamento coeso para a conquista de novos patamares na gestão de pessoas e do negócio, devemos acreditar e querer criar novos espaços de aprendizados e de comunicação com os nossos médios gestores e esses com as suas equipes.   

O mundo mudou e apenas repassar o que vem da diretoria já não resolve mais. É preciso envolver as pessoas nas conversas. Antes de multiplicar a informação entre os colaboradores, nosso foco precisa estar em qualificá-la, em ter uma história bem contada, que faça sentido para eles. E isso implica, muitas vezes, responder às questões mais originais do ser humano: quem sou, para onde vou e como vou. 


*Adevani Rotter é presidente e fundadora da Ação Integrada
 

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Liderança comunicadora conectando pessoas às empresas

'Comunicação que gera resultado'. Esse é o tema que Adevani Rotter vai abordar no Infra Brazil GRI 2019, evento que se tornou o grande ponto de encontro dos líderes de infraestrutura no País, marcado para outubro.
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