GRI discute avanços para instituir cidades inteligentes

Processo de evolução e gaps no percurso foram temas de club meeting promovido pelo GRI Club Infra em 13 de setembro.

16 de setembro de 2019Infraestrutura
O GRI Club Infra realizou nesta sexta-feira (13 de setembro) um club meeting sobre o advento das smart cities e os avanços necessários para sua evolução no Brasil. O encontro aconteceu simultaneamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a partir do sistema de videoconferência da empresa anfitriã, Cisco Brasil.

Sob o questionamento 'Cidades inteligentes – Modelos para viabilizar novos negócios?', o debate perpassou o momento atual do País, cases em andamento e desafios no percurso, com mediação de Ricardo Mucci, diretor de Setor Público e responsável pelos segmentos de Energia e Óleo e Gás da Cisco em território nacional. 

"Hoje, temos projetos muito bem escritos e estruturados. Todavia, a evolução ainda é lenta. Quando falamos de iluminação pública, por exemplo, vemos vários cases em andamento, [a exemplo de] Belo Horizonte, que foi a [cidade] pioneira na PPP [parceria público-privada] de iluminação pública [...]. Contudo, o conceito de cidade inteligente é muito mais amplo. Portanto, como viabilizar novos projetos de infraestrutura para as cidades, trazendo o modelo de semáforos inteligentes, a melhor gestão de resíduos sólidos, a conectividade e o serviço de wi-fi gratuito?", questiona Mucci, que falou ao GRI Hub pouco antes da reunIão. 

Cases discutidos

Entre os participantes do club meeting, estiveram Viviane Moura, superintendente de Parcerias e Concesso?es do governo do Estado do Piauí, e Daniel Annenberg, secretário de Inovação e Tecnologia do município de São Paulo. 

Além de abordar programas em desenvolvimento na capital paulista e que trazem a tecnologia como mais um recurso para a prestação de melhores serviços públicos – como os projetos Empreenda Fácil e a iniciativa que possibilita o pagamento da tarifa de ônibus municipais com cartões de débito ou crédito, que passa a vigorar em 16 de setembro, em fase de testes –, Annenberg também defendeu a necessidade de instituir políticas de Estado, com continuidade e visões de médio e longo prazos. 

Viviane Moura, por sua vez, recordou detalhes do projeto Piauí Conectado, PPP de um sistema que está construindo uma rede de fibra ótica com participação de Cisco, Global Task e ZTE. Ela trouxe uma análise do período inicial da proposta, ainda em 2015, e enfatizou a importância da parceria que, embora utilize a infraestrutura como um meio, tem um objetivo central de conectar o Piauí e permitir avanços em áreas estruturais, como educação e saúde. 

Análises em pauta

Outro debate fomentado no club meeting diz respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e como avançar na construção de uma solução para cidades inteligentes frente a essa novidade. Formas de estruturar projetos de longo prazo englobando um segmento em constante transformação também entraram na pauta. 

A falta de recursos dos entes públicos, a necessidade de se instituirem autoridades metropolitanas, principalmente dedicadas ao setor de transportes e mobilidade urbana, e caminhos para monetizar os ativos das chamadas smart cities igualmente foram abordados. 

Estiveram no encontro cerca de 30 participantes – como Silvan Suassuna (Haitong Banco de Investimento do Brasil), David Taff (Siemens no Brasil) e Renato Proença Lopes (Previ) – reunidos nos escritórios da Cisco Brasil em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, além da conexão de Viviane Moura, direto de Teresina. 

 

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