Fábio Ramos, Tony Volpon (ambos UBS Brasil) e Robinson Silva (GRI Club) / Crédito: GRI Club/ Flavio Guarnieri

GRI Club discute possíveis impactos do coronavírus no Brasil

Club meeting multisetorial abordou o tema e as projeções para 2020 com Tony Volpon e Fábio Ramos, ambos do UBS Brasil.

19 de fevereiro de 2020Mercado Imobiliário

O GRI Club promoveu nesta quarta-feira (19 de fevereiro) um club meeting multisetorial dedicado ao tema 'Coronavírus e seus possíveis impactos na economia brasileira'. Para abordar o tópico, participaram como convidados especiais Tony Volpon e Fábio Ramos, economista-chefe e economista do UBS Brasil, respectivamente. O encontro ocorreu na sede do banco suíço em São Paulo, com a presença de players dos setores imobiliário e de infraestrutura.

Na ocasião, os especialistas retomaram as projeções apresentadas recentemente em decorrência do efeito da doença batizada de Covid-19 e registrada pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan.

Além de riscos alertados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os efeitos da infecção são esperados em todo o mundo, incluindo as principais economias globais. No Japão, por exemplo, há possibilidade de novas contrações econômicas e risco de uma possível recessão. 

Para o Brasil, o UBS diminuiu a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, indo de 2,5% para 2,1%. A análise para a economia brasileira decorre das novas projeções traçadas pelo organismo financeiro para o país asiático. 

"Mais importante do que essa queda de crescimento, é a visão sobre a distribuição do impacto da epidemia sobre a economia [chinesa]. Na visão de nossa economista-chefe na China, Tao Wang, há um impacto muito forte no primeiro trimestre, mas já se tem uma recuperação no segundo, ou seja, é aquele famoso choque em 'v' – de queda e recuperação", explicou Volpon à equipe de reportagem do GRI Hub, que acompanhou a discussão.

O mesmo movimento é esperado no Brasil, o que justifica a projeção para 2021. Para o próximo ano, a entidade financeira elevou suas estimativas, passando de 2,5% para 2,8%.

Outros temas do encontro foram a perspectiva de redução da taxa básica de juros americana, por parte do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) e também uma nova queda da Selic, atualmente em 4,25%, menor índice histórico. Reformas estruturais, em andamento no Congresso, igualmente foram apontadas como necessárias para o País. 

Entre os tópicos centrais para os mercados de real estate e infraestrutura, estiveram a evolução dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) e a perspectiva de melhoria do ambiente de negócios – cenário que possibilitaria a atração de novos investimentos.