Não há dúvida que o agronegócio brasileiro é a principal locomotiva da nossa balança comercial. Só em 2021, a soma de bens e serviços gerados representou mais de 27% do PIB brasileiro. 

Considerado um celeiro global, o Brasil é atualmente o 4º maior exportador de commodities agrícolas do mundo, assumindo um papel de destaque devido ao aumento da tecnologia e da produção no país.

Um setor com tamanha envergadura necessita de muito investimento, assim, o agronegócio ganha novas oportunidades ao ser negociado em Bolsa. Regulamentado em 2021, o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) consiste na junção de recursos de vários investidores para a aplicação em ativos do agronegócio, sejam eles de natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas à produção do setor. 

A estrutura se propõe a ser similar a dos fundos imobiliários. Porém, o Fiagro é destinado apenas para operações atreladas ao agronegócio, com rendimentos distribuídos periodicamente aos seus cotistas. Hoje, existem três categorias do produto: direitos creditórios (Fiagro-FIDC); participações (Fiagro-FIP); e imobiliários (Fiagro-FII), sendo os dois primeiros para investidores qualificados e apenas o último (FIIs) para investidores em geral. 

Que potencial tais fundos podem trazer ao mercado? Sua estruturação representa a democratização do investimento ou o risco-retorno ainda torna este solo infértil?

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